Na nossa sociedade não é comum ser íntimo do próprio corpo.
Não
é considerado natural conversar com o corpo como com um ser que merece amor e
respeito.
A
nossa sociedade apresenta-nos muitas imagens ideais de como um corpo deveria
ser, do que significa ter saúde e boas condições físicas, e de todos os “pode”
e “não pode” em relação a bebidas e comidas.
Em
resumo, existem todos os tipos de padrões relacionados a como deveria ser uma
vida longa e saudável.
Mas
todas essas imagens ideais não têm nenhuma relação com o caminho da nossa alma.
O
caminho da alma é sumamente individual.
Portanto,
nos é pedida a máxima sintonia individual connosco mesmo, para encontrarmos a
verdade sobre a doença, os sintomas ou as tensões que carregamos connosco.
O
que nos é pedido é que desistamos de todas as ideias do mundo externo e que
procuremos a nossa própria verdade nas profundezas de nós mesmos.
Este
é um grande desafio para nós, pois o medo e o pânico que se apodera de nós, em
caso de doença, faz com que facilmente nos voltemos para autoridades fora de nós
mesmos.
Nós
começamos a buscar autoridades externas que possam aconselhar-nos e confortar-nos.
Pode
ser um médico ou um terapeuta alternativo; isso basicamente não faz nenhuma
diferença.
A
questão é que, no momento em que temos medo, desistimos da nossa própria
responsabilidade e a entregamos parcialmente a outra pessoa.
É
lógico que não há nada de errado em ouvir os conselhos de um especialista e,
geralmente, isso é muito sensato.
Mas
então, é importante levarmos esse conhecimento para dentro de nós mesmos e
pesá-lo em nosso próprio coração.
Pesemos
o valor desse conhecimento.
Nós
somos o único chefe, o mestre do nosso próprio corpo, da nossa própria vida – o
único que sabe o que é melhor para o nosso próprio corpo.
No
sentido mais profundo da palavra, nós somos o criador do nosso próprio corpo.
Recuperar
a intimidade com o nosso próprio corpo requer prática, não é algo evidente.
Não
desistamos facilmente.