19 dezembro 2020

SER O MESTRE DO PRÓPRIO CORPO

Na nossa sociedade não é comum ser íntimo do próprio corpo.

Não é considerado natural conversar com o corpo como com um ser que merece amor e respeito.

A nossa sociedade apresenta-nos muitas imagens ideais de como um corpo deveria ser, do que significa ter saúde e boas condições físicas, e de todos os “pode” e “não pode” em relação a bebidas e comidas.

Em resumo, existem todos os tipos de padrões relacionados a como deveria ser uma vida longa e saudável.

Mas todas essas imagens ideais não têm nenhuma relação com o caminho da nossa alma.

O caminho da alma é sumamente individual.

Portanto, nos é pedida a máxima sintonia individual connosco mesmo, para encontrarmos a verdade sobre a doença, os sintomas ou as tensões que carregamos connosco.

O que nos é pedido é que desistamos de todas as ideias do mundo externo e que procuremos a nossa própria verdade nas profundezas de nós mesmos.

Este é um grande desafio para nós, pois o medo e o pânico que se apodera de nós, em caso de doença, faz com que facilmente nos voltemos para autoridades fora de nós mesmos.

Nós começamos a buscar autoridades externas que possam aconselhar-nos e confortar-nos.

Pode ser um médico ou um terapeuta alternativo; isso basicamente não faz nenhuma diferença.

A questão é que, no momento em que temos medo, desistimos da nossa própria responsabilidade e a entregamos parcialmente a outra pessoa.

É lógico que não há nada de errado em ouvir os conselhos de um especialista e, geralmente, isso é muito sensato.

Mas então, é importante levarmos esse conhecimento para dentro de nós mesmos e pesá-lo em nosso próprio coração.

Pesemos o valor desse conhecimento.

Nós somos o único chefe, o mestre do nosso próprio corpo, da nossa própria vida – o único que sabe o que é melhor para o nosso próprio corpo.

No sentido mais profundo da palavra, nós somos o criador do nosso próprio corpo.

Recuperar a intimidade com o nosso próprio corpo requer prática, não é algo evidente.

Não desistamos facilmente.